Caros leitores, não apenas
leitores de livros, leitores em geral, de posts, jornais, placas…
Vou
poupar o seu tempo e já avisar, não lerá nada muito inspirador ou digno de nota
nesse texto.
Eu sempre fui mediana e eu não falo de altura, sempre fui mediana na escola,
nos trabalhos e até na família, sendo a filha do meio (entre um monte de
filhos de uma família nada convencional), que não costumava se destacar em
nada que fosse válido, não do meu ponto de vista. Sempre fui a mais chorona, a
mais medrosa, a mais estressada ou qualquer coisa a toa assim.
Descobri
nos livros o alívio para a solidão aos seis anos, quando ninguém estava por
perto, nem mesmo os meus irmãos. A solidão aos seis anos, não foi dolorida,
acredite. Eu contava longas histórias para os cachorros, dos quais eu não tinha
medo na época.
Aos
onze eu " escrevi" o meu próprio livro, uma cópia descarada e
inocente de “Aquele tombo que eu levei”, aos doze escrevi meu próprio conto de
fadas, a essa altura, já tinha perdido as contas de quantos livros já tinha
lido e aos quinze perdi as contas de quantas histórias havia escrito, isso sem
falar naquelas que nunca foram para o papel.
Aos
dezenove comecei a escrever meu primeiro livro que só foi publicado seis anos
depois e que, sinceramente, não foi dos melhores, mas qual começo é?
Está se
perguntando se este tedioso e longo texto vai te levar a algo interessante? Não
vai.
O fato é, escrevo desde os onze, sou leitora desde os cinco e estou longe de ser a
melhor escritora, sou mediana nisso também, mas não conformada. Tem algo,
porém, no qual não sou mediana, persistência.
Há quase dez anos eu ouço críticas, algumas silenciosas, mas existem, outras disfarçadas de preocupação, conselhos e opiniões, entretanto, aqui estou, escrevendo, porque é isso que eu faço, apesar de tentar sempre me superar e melhorar. Talvez minhas palavras não toquem você, muitos nem chegarão até essa parte do texto, mesmo assim, até aqui, tudo foi escrito com muito mais sentimentos e mais intensidade do que sou capaz de expressar em uma conversa, porque nisso, eu me esforço ao máximo, nisso não posso ser mediada e entenda, não há mal em ser mediado, se você se conforma com isso, eu, porém, quero sempre melhorar. Quero estar acima da média, porque é o que eu amo fazer, até quando sinto vontade de desistir e ignoro o computador, minha mente trabalha 24hrs por dia em histórias, que acredite, algumas pessoas querem ler. Então, embora alguns de vocês queiram viagens, cinema, celulares, para algumas pessoas o melhor momento do dia é quando podem se sentar com um bom livro para ler e é para essas pessoas que eu escrevo.