segunda-feira, 24 de maio de 2021




Caros leitores, não apenas leitores de livros, leitores em geral, de posts, jornais, placas…

Vou poupar o seu tempo e já avisar, não lerá nada muito inspirador ou digno de nota nesse texto. 
Eu sempre fui mediana e eu não falo de altura, sempre fui mediana na escola, nos trabalhos e até na família, sendo a filha do meio (entre um monte de filhos de uma família nada convencional), que não costumava se destacar em nada que fosse válido, não do meu ponto de vista. Sempre fui a mais chorona, a mais medrosa, a mais estressada ou qualquer coisa a toa assim.

Descobri nos livros o alívio para a solidão aos seis anos, quando ninguém estava por perto, nem mesmo os meus irmãos. A solidão aos seis anos, não foi dolorida, acredite. Eu contava longas histórias para os cachorros, dos quais eu não tinha medo na época.

Aos onze eu " escrevi" o meu próprio livro, uma cópia descarada e inocente de “Aquele tombo que eu levei”, aos doze escrevi meu próprio conto de fadas, a essa altura, já tinha perdido as contas de quantos livros já tinha lido e aos quinze perdi as contas de quantas histórias havia escrito, isso sem falar naquelas que nunca foram para o papel.

Aos dezenove comecei a escrever meu primeiro livro que só foi publicado seis anos depois e que, sinceramente, não foi dos melhores, mas qual começo é?

Está se perguntando se este tedioso e longo texto vai te levar a algo interessante? Não vai.

O fato é, escrevo desde os onze, sou leitora desde os cinco e estou longe de ser a melhor escritora, sou mediana nisso também, mas não conformada. Tem algo, porém, no qual não sou mediana, persistência.

Há quase dez anos eu ouço críticas, algumas silenciosas, mas existem, outras disfarçadas de preocupação, conselhos e opiniões, entretanto, aqui estou, escrevendo, porque é isso que eu faço, apesar de tentar sempre me superar e melhorar. Talvez minhas palavras não toquem você, muitos nem chegarão até essa parte do texto, mesmo assim, até aqui, tudo foi escrito com muito mais sentimentos e mais intensidade do que sou capaz de expressar em uma conversa, porque nisso, eu me esforço ao máximo, nisso não posso ser mediada e entenda, não há mal em ser mediado, se você se conforma com isso, eu, porém, quero sempre melhorar. Quero estar acima da média, porque é o que eu amo fazer, até quando sinto vontade de desistir e ignoro o computador, minha mente trabalha 24hrs por dia em histórias, que acredite, algumas pessoas querem ler. Então, embora alguns de vocês queiram viagens, cinema, celulares, para algumas pessoas o melhor momento do dia é quando podem se sentar com um bom livro para ler e é para essas pessoas que eu escrevo.